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Cineasta e crítico Gustavo Dahl morre aos 72 anos

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Morreu ontem o cineasta, crítico e gestor Gustavo Dahl, aos 72 anos, vítima de um infarto em Trancoso, na Bahia. Argentino naturalizado brasileiro, Dahl esteve a frente dos principais órgãos públicos ligados à atividade audiovisual.

Ele começou a trabalhar na Cinemateca Brasileira em 1958, antes de partir para a Itália, onde estudaria no Centro Experimental de Cinematografia de Roma. Nos anos 70 foi superintendente de comercialização da Embrafilme, período em que reformulou a área de distribuição da empresa. Posteriormente, foi presidente da Associação Brasileira de Cineastas e, em 1985, tornou-se presidente do Concine.

No fim dos anos 90, propôs a criação de uma Secretaria Nacional de Política Audiovisual, que fosse ligada à Presidência da República. Em 2002, com a criação da Ancine, foi nomeado seu primeiro diretor-presidente, dedicando-se à sua implantação até o final do mandato, em dezembro de 2006. Atualmente, era gerente do CTAV (Centro Técnico Audiovisual do Ministério da Cultura).

Crédito: Luciana Whitaker/Folhapress Gustavo Dahl é fotografado em São Conrado, no Rio de Janeiro, em 2006
Gustavo Dahl é fotografado em São Conrado, no Rio de Janeiro, em 2006

Como cineasta, vinculou-se ao movimento Cinema Novo e dirigiu filmes como "Em Busca do Ouro" (1965) e "O Bravo Guerreiro" (1968). Também montou, entre outros, "A Grande Cidade", de Cacá Diegues. No período de 1958 a 1975, desenvolveu também a atividade de crítico e ensaísta, tornando-se um dos teóricos do movimento.

A ministra da cultura Ana de Hollanda divulgou nota de pesar lamentando a morte de Dahl. Na mensagem, diz que o cineasta era uma "figura humana, luminosa e divertida" e que sua morte é "um golpe profundo não só para a comunidade do cinema, como para o Brasil".

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