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Câmera lenta flagra 'segredo' das tigelas tibetanas cantantes

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Cientistas tentam desvendar o segredo das tigelas tibetanas cantantes que emitem sons ao serem enchidas com água e tocadas com uma baqueta de couro.

Um vídeo em câmera lenta mostra o que acontece dentro da tigela, com partículas de água pulando sobre a superfície.

Veja o vídeo

A pesquisa, publicada na revista científica "Nonlinearity", conseguiu produzir um modelo matemático que pode revelar como determinados processos envolvendo fluidos acontecem, como injeções de combustível.

Crédito: BBC
Cientistas tentam desvendar tigelas cantantes que emitem sons ao serem enchidas com água e tocadas com baqueta

Os cientistas estudaram ondas de Faraday, que surgem quando fluidos vibram, mas são restringidos por uma barreira, como a tigela.

Quando a frequência do girar da baqueta ao redor da tigela atinge o ponto natural de vibração, as bordas começam a mudar de formato de forma ritmada.

A energia destas mudanças se transfere para a água, e uma série de padrões começa a surgir na medida em que a força aplicada à baqueta se intensifica.

Em um determinado momento, a água fica instável e pequenas partículas começam a pular e dançar caoticamente sobre a superfície.

Um vídeo em câmara lenta mostra a forma como os padrões irregulares de ondas surgem, e como elas se chocam umas com as outras.

INSTABILIDADE FARADAY

Este comportamento --chamado de "instabilidade de Faraday"-- já é conhecido pelos cientistas.

O pesquisador John Bush, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), disse que em 2009 apresentou um programa no canal de televisão Discovery Channel sobre o fenômeno.

"Uma mulher chamada Rosie Warburton viu o programa e me mandou um e-mail dizendo que tinha observado o mesmo comportamento nas tigelas tibetanas cantantes", disse Bush à BBC. "Este e-mail me inspirou a estudar o fenômeno."

Mas, ao observar o comportamento nas experiências com as tigelas cantantes, Bush disse que detectou padrões estranhos, até mesmo para especialistas em dinâmica de fluidos.

Bush e o outro autor do estudo, Denis Terwagne, da Universidade de Liege, na Bélgica, desenvolveram então um modelo matemático que esclarecesse como a água se comporta nas tigelas.

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